Sala do Diretor de Azkaban

palavras são, na minha nada humilde opinião, nossa inesgotável fonte de magia

A sala é ampla e ricamente decorada. Ali é possível encontrar o livro de anotações de cada diretor que passou por aquela sala, todas escritas a mão pelo diretor da época. Também possui um espelho, ligado magicamente aos arquivos do presidio, que mostra o rosto e informações de cada um dos presos que ali residem ou residiram em alguma época. Além daquilo a sala possui uma rede Flu ligada única e exclusivamente ao Ministério, porém, ao contrário da rede flu da sala do Auror responsável pela prisão, aquela é enfeitiçada para aceitar apenas a passagem do Diretor, isso o permite ir e vir para Azkaban sem a necessidade de subir em uma vassoura e voar por algumas horas.

Kall at Queen of Graphics

São na guerra, indomáveis dragões.

Eu nao conseguia trabalhar direito desde o sequestro de meu filho, ate mesmo comer estava se tornando um esforço gigante. Meu foco me prendia somente a procurar noticias, informações, qualquer coisa sobre Skriniar. A segurança de Askaban estava a duas semanas sem mudança de escala, organização, deixando-a fácil de ser trackeada e mapeada. Eu estava cagando para a segurança naquele ponto da minha vida, estava me questionando se largar os aurores havia sido a escolha certa. Se meu filho estaria nessa situação se eu estivesse la... Eu havia melhorado a prisão, desde meu comando a mais de três anos, nao ocorreu nenhuma fuga ou se quer tentativa. Minhas táticas na segurança estavam triunfando mas essas ultimas semanas, eu havia jogado as cartas.

O dia parecia normal como todos os outros, eu permanecia trancado em minha sala analisando fichas de prisioneiros, seus dias de julgamento e como seriam transportados. O besouro vermelho ao meu lad ficava todo o momento repousado sobre um circulo de metal, ele somente voava quando alguma ameaçava adentrava Azkaban. Quando vi ele levantando voou, eu sabia que algo estava acontecendo. Me levantei de minha cadeira no mesmo momento em que a porta de meu escritório abriu com um estrondo, meus olhos se cruzaram com os de Trevor, um comensal e meu sangue ferveu ao lembrar que eles estavam com meu filho.  Seguindo as leis, eu inicio nosso duelo tentando imobiliza-lo primeiro, evito feitiços que o finalizem por um completo pois pretendo dele arrancar respostas sobre meu filho mas acredito que essa tenha sido uma escolha errada minha. Trevor nao poupa esforços e diante de um eu emocionalmente instável com tudo acontecendo, me deixo ser atingido de forma fácil por um feitiço poderoso.

Eu caio para trás e e tento erguer minha mão com a varinha para me curar mas Trevor pisa em minha mão e solto um grito de agonia.  Não se preocupe... Não irei te matar... Na verdade, vim trazer um presente! Ele diz enquanto sinto os cortes se aprofundando mais em meu corpo e meus sangue saindo. Escuto ele falar sobre quem realmente sequestrou meu filho e me surpreendo ainda mais por ele entregar onde Skriniar esta. Como se eu fosse acreditar em suas palavras! Eu grito nao querendo acreditar e entao escuto ele me responder ao mesmo tempo em que para de pisar em minha mao e eu aponto imediatamente a varinha para mim. Vultera Sanentur! Digo começando a me curar enquanto volto a olhar para ele no instante em que seu pé acerta meu rosto e eu apago por longos minutos.

Ao reabrir meus olhos, nao sei quanto tempo direito se passou mas eu me levanto. tonto e me apoio com a mão sobre a parede. Escuto os gritos de meus guardas vindo da janela mas eu repenso as palavras do comensal e em um atitude covarde, eu decido aparatar de Azkaban, deixando meus seguranças para morrer na rebelião enquanto vou atrás de Marie para irmos em busca de nosso filho.