Cozinha

Acordara cedo naquele dia e, como de costume, desci para preparar o café da manhã para mim e Laura, após preparar me sentei na mesa da cozinha e, com uma xícara de café quente na mão, comecei a ler o Profeta Diário, a manchete daquela manhã era sobre o ataque aos trouxas em Luxemburgo, os Comensais precisavam ser capturados o quanto antes, mas infelizmente não era o momento, uma vez que ainda não tínhamos pessoas suficientes para uma empreitada como eu vinha planejando nos últimos dias, bem como ainda não tinha recebido autorização de Marie para um ataque direto aos esconderijos, respirei fundo e então ergui os olhos, me distraindo com meus pensamentos, pensamentos sobre a outra grande mudança que ocorreria em minha vida, isso se Emily dissesse sim ao meu pedido, pedido tal que realizaria nos próximos dias.
Enquanto estou imerso em meus pensamentos vejo Laura entra na cozinha. Onde está seu uniforme? Ela pergunta se sentando à mesa. Quero dizer, sempre que te vejo esta com uniforme e pronto para sair de casa para seu magnifico trabalho. A encaro por cima do jornal e então o deixo de lado. Na minha época iniciávamos as conversas com um "Bom dia pai maravilhoso!" Laura me encara, notavelmente nervosa, provavelmente por ficar as férias em casa, depois resmunga um "desculpa" quase inaudível. Mas... Você tem razão, minha querida, eu devia estar com meu uniforme... Tomei um gole de café. Apenas não estou por que eu pretendia passar o dia com você, mas realmente o Ministério é tão magnifico que acho que vou trabalhar... Laura me encarou, sorri. Como minha amada filha que me idolatra mais do que tudo está de férias... Eu decidi cancelar meus compromissos e passar o dia inteiro com você. Digo sorrindo para ela.
Laura me encarou pasma, algo que me fez ficar levemente ofendido, uma vez que passava a impressão que eu não passava muito tempo com ela, o que não era mentira, mas não deixava de me ofender. Você tem noticias da mamãe? Faz dias que ela saiu para aquela missão... Não respondeu minhas corujas... Estou preocupada com ela. Encarei Laura, aquilo era complicado, Victória estava em uma missão, não era uma missão perigosa, pelo menos não algo que ela não desse conta facilmente, mas por razões de segurança e para evitar vazamentos de informações, aquilo a impossibilitava de enviar e receber comunicações externas. Não tenho notícias da sua mãe ainda, mas você sabe o quanto ela é forte e capacitada, confie que ela está fazendo tudo o que pode para voltar para casa o mais rápido possível. Pego outra xícara de café e solto um sorriso. Enquanto isso, este magnifico ser que vos fala, pode passar o dia com você então... Digo encarando Laura com um ar curioso. Vamos planejar o nosso dia?... O que você gostaria de fazer? Podemos ir ao parque, ver um filme ou talvez até mesmo visitar alguns amigos. O que você acha? Sorrio, eu me sentia grato por ter esses momentos com minha filha, passar um tempo com Laura é importante, mais do que qualquer outra coisa. Bom, o que você acha? O que você gostaria de fazer hoje?



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Encarei Laura levemente surpreso, eu não esperava uma pergunta tão repentina quanto aquela, claro que cedo ou tarde, no mínimo, Laura questionaria aquilo, na verdade com meus planos de casar com Emily eu mesmo teria que ter uma conversa com ela, ainda assim achei que seria eu a puxar o assunto e não Laura, por aquele motivo eu fiquei alguns segundos em silêncio, sem saber como responder. Respiro fundo, tentando montar na cabeça a resposta certa, ou melhor, as palavras certas. Bem...Como posso responder... Olhei para Laura, notando a curiosidade em seus olhos, solto um longo suspiro antes de começar a falar. Minha história com Emily é complicada, minha querida... Nós nos conhecemos há muito tempo, desde a infância, para ser mais claro desde que pisei no Expresso pela primeira vez e... Eu a amei desde aquele momento.

Aquele comentário praticamente escapou, embora fosse verdade, respirei fundo encarando Laura, então procegui. Eu sei que pode parecer besteira... Mas naquela época, mesmo ainda tão jovem... Eu sabia que a amava... Laura me ouvia atentamente. Mas nossos caminhos simplesmente não pareciam seguir nem mesmo próximos um do outro e acabamos nos separando. Disse me lembrando que o "nos separamos" ocorreram tantas vezes que chegava a ser rídiculo. Então eu conheci sua mãe. Laura parecia levemente mais interessada nessa parte. Eu conheci sua mãe antes dela ir para Hogwarts, eu estava com alguns problemas e... Bom... Sua mãe salvou minha vida...Lembrar daquilo era certamente nostálgico, claro que Laura interpretaria o "salvou" como algo diferente do que realmente ocorreu, que foi Victória me encontrar quase morto e literalmente salvar minha vida, mas não precisava entrar em tais detalhes. Quando retornamos para Hogwarts nós já estávamos juntos... Mas nosso relacionamento também não era simples, na verdade era bem problemático já que entre outras coisas podemos dizer que seu tio Ed e eu tentávamos nos matar a cada encontro... E isso quase que no sentido literal. Fiz uma pausa, observando a expressão de minha filha. Com a Batalha de Hogwarts tudo se tornou uma bagunça, mas sua mãe permaneceu ao meu lado e isso me trouxe a pessoa mais importante na minha vida que é você.

Victória foi a luz que eu precisava em minha vida e eu tenho um carinho e respeito profundo por ela, mas nunca esteve em nosso destino terminarmos juntos.Disse e então respirei fundo.Novamente, por mais absurdo que possa parecer, eu nunca deixei de amar Emily... Falei aquilo sério, analisando a reação de Laura, então continuei. Mas você é a pessoa mais importante na minha vida e... Por isso... Quero que saiba que sua opinião valo o mundo. Eu realmente amava Emily, eu sabia, sempre soube, que ela é minha alma gêmea e que eu era muito sortudo por tê-la em minha vida, mas eu jamais permitiria que qualquer ato meu magoasse Laura, por isso saber o que ela achava de Emily era importante para mim. Meu doce... Emily e eu voltamos a namorar já tem um tempo e... Eu quero saber o que você acharia caso eu decidisse pedi-la em casamento. Laura me encara com uma expressão num misto de espantada e pensativa, eu permaneço sério, aguardando ela assimilar tudo e me dar uma resposta.



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Eu sabia que aquela seria uma conversa difícil, principalmente porque eu sabia que Victória não era o tipo de pessoas que contaria para a filha mas vésperas de ir em uma missão que estava em um pseudo relacionamento, já que não teria tempo de acompanhar a reação de Laura a notícia, eu tampouco iria revelar isso, não era da minha alçada, contudo, talvez se Laura soubesse que sua mãe também estava seguindo em frente a recepção da minha notícia não fosse tão surpreendente.
Você quer se casar? Com ela? Respiro fundo vendo a expressão da minha filha, que claramente não estava feliz com aquela notícia. Você quer pedir Emily em casamento.O tom de voz de Laura se eleva, pela idade dela eu imaginava uma explosão como aquela, na verdade eu era levemente pior em sua idade, mas era frustrante estar do outro lado daquela vez, principalmente quando a pessoa que estava irritada comigo era minha preciosa filha. Se é o que o senhor quer, não tem muito o que eu possa dizer pai. Não é mesmo?

Fecho a cara, minha relação com Laura era boa, ótima na verdade, nesse último ano nos aproximamos bem, nada nem mesmo próximo da relação dela com Victória, mas era um grande avanço aí meu ver, quando colocava na balança o tempo que fiquei longe da vida dela, de maneira que eu jamais faria algo que ameaçasse essa relação, de maneira que as palavras dela eram quase um tapa. As crianças na escola sabem mais sobre você do que eu que sou literalmente filha e sobrinha de vocês. Meus colegas já acham que eu tenho certo privilegio por ser uma Summiregis Winchester, o que acha que vão e falar quando souberem que meu pai esta se casando com a Watsgrint? Uma das herdeiras mais conhecidas por todo o mundo bruxo com um dos Winchester mais conhecidos dos últimos, o que 10 anos? 15?

Encarei Laura se levantar, pronta para ir embora. Laura! Disse firme, fazendo-a parar e se virar para mim, eu sabia que criar uma criança não era fácil, uma garota com o gênio de Victória então era uma tarefa ainda mais árdua, contudo eu sabia que ela não estava de toda errada, de fato não deveria ser simples carregar todo o fardo daqueles sobrenomes, respirei fundo e então souber a cadeira novamente. Acha isso falar o que falou e simplesmente ir embora? Duvido muito que Victória tenha criado você assim... E pelo que conheço da minha filha ela não é esse tipo de pessoa... Laura ainda me encarava, vermelha e normalmente irada, isso ela claramente puxara de mim, na verdade se a situação não fosse seria eu provavelmente riria. Que fique claro uma coisa mocinha... Nada... Absolutamente nada!... É mais importante para mim do que você. Me endireitei na cadeira. O motivo de estar conversando com você antes de ir até Emily é porque sua opinião e seus sentimentos são importantes para mim e eu jamais tomaria uma decisão que afetaria sua vida sem conversar com você antes.

Ela permanecia me encarando, ainda emburrada, na verdade, naquele momento ela lembrava a mãe mais do que em qualquer outra ocasião. Sua mãe e eu não somos mais um casal... Eu ainda a respeito e tenho um carinho enorme por ela, mas nós não nos amamos e se conversar com ela ouvirá o mesmo... Talvez não a parte do carinho enorme, mas a parte de não ser mais um casal é certo. Se Emily aceitar meu pedido, uma vez que ainda nem o fiz, o casamento ocorrer em alguns anos, você provavelmente já estará formada ou se formando... Fora que o noivado será mantido em segredo por um tempo, uma vez que muito teria que ser feito... Com Jack a solta, minha futura invasão ao esconderijo dos comensais e minha intenção de concorrer à vaga de ministro da magia, manter o noivado em véi segredo era algo natural. Sua opinião é importante para mim, apenas achei que seria justo eu buscar pela mulher que amo... Ou acha mais justo eu permanecer sozinho até o fim dos meus dias?

Laura permanecia em silêncio, algo irritante, respirei fundo e a encarei. E você está certa... Eu não conto muito sobre minha vida para você e seu que isso deve ser frustrante... Soltei um sorriso amável. O que acha de termos uma conversa amigável no nosso dia? Podemos conversar sobre o que você quiser... Não precisamos falar sobre o casamento se não estiver pronta para isso, no lugar podemos conversar sobre meu tempo em Hogwarts, sobre minha grande amizade com seu tio idiota... Ou desistiu de um dia só nosso? Disse encarando a pessoa emburrada na porta da cozinha.



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Observo Laura se sentar e solto um sorriso, ela aparentava m ais calma, mas deixava claro que não concordava com minha ideia de se casar com Emily, embora decidisse não falar sobre isso, respirei fundo, aquilo seria complicado, embora eu desejasse manter o assunto do possível casamento, eu sabia que aquele não seria o momento, talvez fosse melhor tentar novamente em alguns dias, quando ela tivesse absorvido melhor a surpresa da notícia. Assim que ela se sentou me olhou novamente, então lançou a pergunta sobre o assunto que desejava saber. Você pode me contar sobre a guerra, não tem exatamente jornais, e livros que contem com detalhes o que realmente aconteceu aquela época. É como se as pessoas quisessem que nada daquilo tivesse existido. Digo, é uma parte importante para a história bruxa não é? Soltei um longo suspiro, obviamente não era exatamente um assunto que eu desejava abordar, principalmente porque eu havia, de certa forma, iniciado e encerrado aquela batalha em específico.

Ergui os olhos para cima, tentando imaginar como poderia responder àquela pergunta, claro que eu poderia dar a versão disponibilizada pelo Ministério, mas ela era amplamente simples, algo que eu duvidava que agradaria Laura. Bom... Existe um motivo para a Batalha de Hogwarts não ter detalhes, principalmente acessíveis para os mais jovens. Laura me encarou com certa curiosidade. Você já deve ter lido sobre a última batalha de Voldemort correto? Ela balançou a cabeça afirmativamente. Naquela época Voldemort deu um prazo para Hogwarts, o que permitiu que os alunos mais jovens e aqueles que não desejavam lutar fossem evacuados para um lugar seguro... Na época houveram mortes, mas graças a esse prazo os mais jovens não saíram feridos. Laura me encarava atenta. Não foi o mesmo na Batalha de Hogwarts... O ataque veio sem qualquer aviso prévio, pegando todos desprevenidos e sem a chance de evacuar os mais jovens.

Laura me encarava sem compreender o que eu desejava dizer com aquilo, respirei fundo, ao pensar naquilo daquela maneira eu conseguia ver que foi praticamente uma carnificina. Haviam alunos mais jovens que você, que não sabiam nem mesmo o básico sobre feitiços de defesa sendo atacados por Comensais. Ao dizer aquilo Laura mudou o olhar, provavelmente compreendendo o que estava dizendo. Foi uma batalha monstruosa onde muitos perderam a vida, colegas, companheiros, amigos, pessoas cujo único desejo era apenas uma vida pacifica... Aquilo era uma realidade cruel, na época tudo que eu desejava era ser capaz de eliminar todos que atrapalhassem meus planos, sem me importar com qualquer um que fosse pego no fogo cruzado, de maneira que ao pensar que simplesmente liberei um Basilisco dentro de Hogwarts dando apenas uma única ordem para eliminar todos em seu caminho me fazia refletir se Jack não estaria certo ao dizer que eu merecia algo muito pior que a morte.

Respirei fundo novamente. Esse é o motivo de não se ter tantas informações sobre a Batalha de Hogwarts... Por que quando Darliguv invadiu a escola apenas dor e trevas podiam ser vistas, em cada canto, em cada corredor... Foi por isso que ao findar a batalha eu segurei firmemente as mãos de sua mãe a aparatei de lá. Encarei Laura e então me levantei. Bom, chega de um assunto tão triste não é mesmo? Porque você não sobe e se arruma? Cada segundo aqui é um segundo a menos aproveitando o dia! Disse sorrindo e juntando as vasilhas da mesa para organizar a cozinha. Assim que terminar de se arrumar vamos sair! Disse olhando para Laura e fazendo um gesto para ela se apressar.



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Após um relaxante mergulho, e um bom banho, desci novamente para a cozinha, aquela manhã as crianças fariam suas compras no Beco Diagonal, então decidi fazer um café da manhã reforçado para todos, afinal, eu me lembrava da minha época de compras e de como era uma tristeza quando batia um horário do dia em que as compras não estavam nem na metade mas a fome já estava quase em cem por cento.

Assim que terminei de preparar o café aproveitei para tomar meu dejejum, afinal eu também precisava estar abastecido para o dia que viria. Após aquilo decidi dar uma passada na biblioteca, havia deixado alguns arquivos ali na noite anterior e seria melhor levá-los comigo ou guardá-los no escritório.



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A noite caía suavemente sobre a casa, pintando o céu de tons dourados e violetas enquanto o dia se transformava em memórias, com Ethan já devidamente acomodado em seu quarto, dormindo tranquilamente, eu respirei fundo e sorri para o silêncio que começava a envolver o ambiente. Bom... Hora de aproveitar um tempo para mim... Disse sorrindo, mas antes mesmo de me afundar ainda mais na poltrona uma ideia me veio à mente, eu poderia preparar uma surpresa especial para Emily. Havia algum tempo desde que conseguimos ter um tempo só para nós dois e, com a casa vazia e Ethan dormindo, coisa que eu esperava que durasse a noite inteira, eu poderia aproveitar e preparar um jantar romântico para minha esposa, algo que a muito não tínhamos.

Primeiro, fui até a cozinha, um ambiente familiar onde o aroma de madeira e especiarias criava uma atmosfera acolhedora, olhei para as prateleiras, onde uma variedade de ingredientes frescos aguardavam e, com um sorriso no rosto, decidi começar a cozinhar, pensando em o que poderia servir de entrada, afinal, uma refeição romântica merecia um início memorável. Após um período, admitia que longo em excesso, decidi que bruschettas seriam as entradas perfeitas, com seu pão crocante e tomates frescos.  

Enquanto tostava o pão e cortava os ingredientes, minha mente estava focada em criar um equilíbrio perfeito entre os sabores, afinal, minha amada merecia um jantar tão grandioso quanto ela, além daquilo, também aproveitei para separar alguns tipos de queijos, para acompanhar a entrada, de maneira que, aos poucos, a mesa começou a se encher de cores e aromas e eu me vi sorrindo com antecipação. Peguei algumas frutas cítricas e montei pequenos espetinhos, beliscando um ou outro de tempos em tempos, enquanto montava as peças imaginei como Emily ficaria ao chegar em casa e encontrar o jantar.  

Após montar as entradas, deixando a bandeja, o mais decorada possível, sob o balcão da cozinha comecei a preparação dos pratos principais. Bom... Comida italiana sempre foi meu forte então... Vou de macarrão! Disse com um sorriso simples, então rapidamente comecei a preparar espaguete ao sugo, um clássico, claro que de tempos em tempos ia checar se Ethan estava bem, mesmo com a babá eletrônica eu tinha que ver como o garoto estava no berço, após o espaguete ficar pronto resolvi fazer bisteca fiorentina e filé de salmão, ambos preparados com a intenção de quebrar a simplicidade do espaguete e, por último, a sobremesa, o toque final de doçura em nossa refeição especial. Assim que terminei a preparação, optando como sobremesa pelo tiramisù, com suas camadas de creme suave e cacau amargo, soltei um sorriso satisfeito, aquele jantar era uma expressão do amor e do cuidado que eu desejava transmitir.  

Cada movimento enquanto montava o prato era carregado de intenção, de um gesto de carinho, após terminar de preparar os pratos e deixa-los no jeito sob o balcão da cozinha soltei um sorriso, depois olhei em direção a pia. Como que eu fiz tanta bagunça? Resmunguei encarando a montanha de vasilhas, então comecei a parte menos divertida, a parte da limpeza.  

Após concluir tudo soltei um sorriso, aquilo estava perfeito e mais do que pronto para a noite, olhei rapidamente em direção a sala de jantar, embora fosse naturalmente elegante, algo que eu fizera questão de planejar quando comprara a casa, eu me perguntava como poderia aprimorá-la ainda mais. Talvez algumas velas espalhadas? Questionei a mim mesmo, então me lembrei que ainda faltava algumas coisas para a noite, rapidamente me apressei em resolver aquele problema.  

O jantar romântico que eu havia preparado merecia um vinho, então rapidamente caminhei até a adega e busquei uma garrafa. Enquanto observava a garrafa, meu pensamento se voltou para Emily e o quanto ela significava para mim, cada detalhe da noite havia sido planejado com carinho, com a garrafa em mãos, subi de volta as escadas, com aquilo o jantar estava oficialmente preparado, agora, tudo o que restava, era esperar pela chegada de Emily.



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A manhã estava sendo magnífica, o jantar com Emily na noite anterior tinha sido incrível, tudo extremamente perfeito. Eu lancei um olhar para ela, enquanto ela dava papinha para Ethan, soltando um sorriso, pensando em como aquela manhã estava tranquila, tranquilidade que foi interrompida pelo som agitado dos passos de Laura, que apareceu na cozinha com um ar determinado, anunciando sua saída para o salão, para uma mudança no visual, embora a mudança fosse retornar ao que era antes, ainda assim era uma mudança.

Olhei para minha filha/furacão e sorri enquanto tomava meu café com calma, voltando a observando Emily cuidar carinhosamente de Ethan, dando apenas um aceno breve e silencioso como resposta à declaração de Laura em meio a meus pensamentos sobre o que tinha que fazer no ministério naquele dia.

No entanto, antes que pudesse continuar a planejar meu dia no Ministério, as palavras de Laura tomaram um rumo inesperado, a encarei rapidamente, minha expressão serena rapidamente se transformou em uma de surpresa quando ela voltou sua atenção para o jornal em cima da mesa, Emily, pareceu tensa, tentando pegar o jornal antes que Laura pudesse lê-lo, mas Laura foi mais rápida.

Meus olhos se estreitaram, meu interesse agora inteiramente focado na situação que se desenrolava diante de mim, ao pegar o jornal Laura soltou um palavrão, virei-me para ela a repreendendo. Laura, cuidado com a boca! Disse em um tom firme, mas antes que pudesse prosseguir, Laura lançou uma acusação contra Emily, desencadeando um turbilhão de fatos que até então me eram desconhecidos, fiquei imóvel, as palavras de Laura preenchendo o espaço da cozinha, ecoando como acusações que perfuravam o ar.

A medida que ela falava, minha expressão era um misto de choque e consternação, olhei para Emily, que apenas baixou a cabeça depois me virei para o rosto de Laura, contorcido pela raiva. As palavras de Laura continuaram a fluir, desvendando os eventos que haviam acontecido nas férias escolares, um obscurial, um aluno morto e a própria vida de minha filha em perigo.

Minha xícara de café escapou de meus dedos, batendo na mesa com um baque surdo enquanto eu processava as informações, minha mente trabalhou rapidamente, tentando encaixar as peças do que havia sido revelado de repente, tesouro fundo tentando me controlar, mas uma ira começou a se acumular em meu peito, uma fúria fria e controlada que irradiava de minha expressão.

Meus olhos se voltaram primeiro para Emily, uma mistura de raiva e questionamento visíveis neles, minha voz, quando finalmente falei, carregava um tom contido de raiva. Emily, você sabia disso? Sobre o que Laura está falando? Antes que Emily respondesse meus olhos se voltaram para Laura, minha mandíbula tensa enquanto eu a encarava. Explique... Com detalhes... Quero entender exatamente o que aconteceu.



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