Jardins verticais

Eu estava na ala hospitalar de Hogwarts quando vi o lampejo vermelho no céu através da janela. Instintivamente, soube que algo estava terrivelmente errado. Sem hesitar, saí da ala hospitalar e segui na direção do tumulto. Quando cheguei, deparei-me com uma cena caótica. Duas alunas estavam gravemente feridas, uma delas era minha própria filha. Um menino estava desacordado no chão, enquanto outra garota estava amarrada e dois jovens estavam visivelmente desesperados. Meus lábios se curvaram em um sorriso satisfeito. Parecia que meus planos estavam se desenrolando exatamente como eu havia planejado, havia mexido na mente de um e agora teria a chance de mexer na mente da outra.  Eu me aproximei lentamente, observando a situação com um olhar calculista. Meus olhos pousaram em minha filha, deitada na grama, seu rosto pálido e contorcido de dor. Um sentimento estranho se agitou dentro de mim, uma mistura de orgulho e indiferença.

O que aconteceu aqui? Perguntei, minha voz fria e controlada. Os jovens me olharam com expressões de medo e desespero, mas eu os ignorei. Minha atenção estava completamente focada em minha filha. Por favor, ajude-as! Brunna implorou desesperadamente, seus olhos cheios de lágrimas enquanto ela olhava para para Regan e minha filha. Enquanto isso, Viktor retornou correndo, vindo não sei de onde, e seu desespero era evidente em seu rosto quando ele viu a situação crítica de sua irmã. Eu me aproximei das duas garotas, observando os ferimentos com um olhar crítico. Meus olhos encontraram os de Adora que me encarava com uma mistura de medo e confusão. O que aconteceu com elas? Ele perguntou, sua voz fria e indiferente enquanto se agachava examinando os ferimentos de Regan mais de perto, franzindo o cenho enquanto observava as marcas da adaga.

Viktor respondeu rapidamente, sua voz tremendo de preocupação mas ausente de sinceridade, eu suspirei e encarei ele friamente. Eu sei que esta mentindo e descobrirei em pouco tempo a verdade mas... Eu disse meu tom frio e calculista, um pequeno sorriso amarelo surgiu em meu rosto calmo. Meu trabalho primeiro é cuidar dos feridos, depois conversaremos... Isso parece ser veneno de Beladona. Eu murmurei voltando meu olhar para Regan,  minha mente já elaborando um plano de ação. Eu mordi meu próprio pulso até sair sangue e o pressionou contra os lábios de Regan. No início, ela não reagiu, mas depois de alguns momentos, ela engoliu o sangue, tossindo enquanto o fazia. Sua respiração ficou mais calma e a ferida causada pela adaga começou a cicatrizar diante dos olhos surpresos de Brunna e Viktor.

O que... o que você fez? Brunna perguntou, surpresa com a rápida recuperação de Regan. Eu respondi a morena misteriosamente, meu olhar fixo em minha filha.  Sangue de Vampiro, cura tudo menos a maldição da morte. Eu comentei me virando agora para a linda ruiva que gerei, um cálice para o ritual que eu pretendia fazer com ela ou com seu irmão. Brunna se aproximou de Regan por alguns segundos e depois foi ver o menino desacordado. Viktor soltava sua amiga de amarras e eu fiquei sozinho com minha querida filha. Aproximei meu pulso de seus labios e ela automaticamente desvio o rosto, determinada a se mostrar teimosa como sua mãe. Prefere morrer cedo querida? Pois nao tem mais que alguns minutos sem isso. Eu disse com um sorriso calmo, eu sabia que ela podia se fingir de difícil, ela ainda iria recorrer a minha salvação, querendo ou nao. Adora ainda tentou resistir mais alguns segundos mas a dor a controlou no final e ela aceitou que meu pulso entrasse em contanto com seus labios, ela chupou o sangue com desejo, sua respiração melhorando imediatamente.

Eu me levantei deixando que Adora lentamente se recuperasse e Regan despertasse. Me virei para Brunna que estava agachada ao lado do menino que eu suspeitava ser o problema. Enervate! Eu disse apontando minha varinha para o corpo dele, o lampejo esfumaçado branco o envolvendo, Brunna arregalando seus olhos assustada. O que esta fazendo? Ele nao pode ser acord.... Ela começou a dizer mas eu ergui minha mão a silenciando com um gesto firme e agressivo, mostrando minha impaciência. Eu vou ouvir da boca dele o que aconteceu. Ele parece ser o único com sangue nas mãos e nenhum ferimento. Eu afirmei, meu olhar fixo no menino. Eu pairava a frente dele esperando que saísse de seu sono de bela adormecida. Viktor se aproximou, preocupado. Ele está fora de controle, seria melhor restringi-lo primeiro. Ele disse, sua voz carregada de ansiedade. Mas antes que pudéssemos tomar qualquer ação, ouvimos barulhos vindos do menino no chão. Ele estava acordando.

Eu o encarei com um olhar frio e calculista. Eu dou conta de um pirralho descontrolado. Eu disse, minha voz gélida e determinada. O menino se levantou lentamente, seus olhos se encontrando com os meus. Havia uma mistura de medo e desespero neles, mas também uma determinação feroz. O que você fez com elas? Eu perguntei, minha voz carregada de raiva e frieza. Eu sorri para ele, um sorriso frio e cruel quando a conversa foi interrompida pela chegada do Diretor, claramente nervoso. O que está acontecendo aqui? Ele questionou, seu olhar passando rapidamente pela cena caótica diante dele. Eu me adiantei, minha postura autoritária não deixando espaço para questionamentos.

Kieran vai se explicar agora mesmo Eu afirmei, minha voz firme e determinada, meu olhar fixo no menino enquanto o diretor se aproximava para ficar ao meu lado. Enquanto Kieran se preparava para falar, eu me inclinei para o Diretor e sussurrei baixinho: Seu zipper está aberto. Falei antes de nós dois voltarmos nossa atenção para o aluno diante de nós. Adrien teve suas bochechas corando quando percebeu que seu zipper estava aberto. Ele agiu rapidamente, discretamente fechando-o enquanto Kieran começava a falar, esperando que ninguém tivesse notado sua distração momentânea, além de mim.